Um bom dia p`ra todos
Deste cantinho ensolarado
O verão está de loucos
Não quer deixar o montado
Os sobreiros a carpir
Aliados às oliveiras
Gritam p´ra o tempo ouvir
Manda chuva, as primeiras
Mas o tempo que está surdo
De gritos não quer saber
Não responde está mudo
Parece que não vai chover
Isto está tudo trocado
É como dizia o Bandarra
Neste século enviesado
Nada escapa à desgarra
As maleitas que se achegam
A falta de chuva é sinal
Que até as nuvens enjeitam
O que vai em Portugal
O que vai em Portugal
Triste fado de uma nação
Tudo está tão mal
Que o tempo já nega o pão
Outrora nos embaraços
O povo em união
Aos céus elevava braços
Rezando na procissão
Mas são outras as gentes
Não vão mais em novenas
Será que restam pingentes
Mendigando por vintenas
Mendigando por vintavo
Que nada é afinal
Ó gente até é pecado
Suspeitar de Portugal
Ó povo que estás dormindo
Um dia acordarás
O tempo espera sofrido
Pois sabe o que serás
Se tardares em acordar
À sorte não deitares mão
Escapará o vislumbrar
Que faça a revolução
De mentes e incentivos
Grita a terra povo cego
Para continuarem vivos
Tem que abrir o rego
E fazer a sementeira
Até das mãos jorrar sangue
Enterrem lá a cegueira
E a chuva talvez se achegue.
Deste cantinho ensolarado
O verão está de loucos
Não quer deixar o montado
Os sobreiros a carpir
Aliados às oliveiras
Gritam p´ra o tempo ouvir
Manda chuva, as primeiras
Mas o tempo que está surdo
De gritos não quer saber
Não responde está mudo
Parece que não vai chover
Isto está tudo trocado
É como dizia o Bandarra
Neste século enviesado
Nada escapa à desgarra
As maleitas que se achegam
A falta de chuva é sinal
Que até as nuvens enjeitam
O que vai em Portugal
O que vai em Portugal
Triste fado de uma nação
Tudo está tão mal
Que o tempo já nega o pão
Outrora nos embaraços
O povo em união
Aos céus elevava braços
Rezando na procissão
Mas são outras as gentes
Não vão mais em novenas
Será que restam pingentes
Mendigando por vintenas
Mendigando por vintavo
Que nada é afinal
Ó gente até é pecado
Suspeitar de Portugal
Ó povo que estás dormindo
Um dia acordarás
O tempo espera sofrido
Pois sabe o que serás
Se tardares em acordar
À sorte não deitares mão
Escapará o vislumbrar
Que faça a revolução
De mentes e incentivos
Grita a terra povo cego
Para continuarem vivos
Tem que abrir o rego
E fazer a sementeira
Até das mãos jorrar sangue
Enterrem lá a cegueira
E a chuva talvez se achegue.
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