terça-feira, 17 de março de 2015

Ao Banho...

Então não querem lá ver
Nem queria acreditar
Um banho deve tomar
Ao invés de estar a moer

Para que fale ao jornal
O melhor é estar lavado
Foi assim o arraial
Dedo em riste irritado

Tudo de boca aberta
Com tamanha atitude
Mas foi assim o alerta
Tome banho, não se grude.

Cheira mal, sim senhor
Tem mesmo que se lavar
Tudo pasmo em redor
E o doutor a desancar

No reino da fantasia
Anda tudo em zaragata
Eu cá por mim exigia
Banhoca à tecnocrata

Não sabem o que isso é
Eu passo a explicar
Recordam aquele Zé
O das pulgas a saltitar

Logo lavou o recinto
O mando de amigo leal
Parece o caso sucinto
Só banho levanta o astral.

poetamaldito. Pseudónimo de Antonia Ruivo.