quinta-feira, 27 de março de 2014

Plagiar

Agora vou plagiar
Os poetas que sangraram
Poemas de amor a rimar
E a todos encantaram

`` Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que doi e não se sente``
Plagiei Camões alegremente
Resta esperar que venham ler

``Num banco de jardim uma velhinha
Está tão só com a sombrinha``
Que teria o Ary a dizer
Sobre a minha atitude fuinha

`` horas profundas lentas e caladas
Feitas de beijos rubros e ardentes``
Diz-me Florbela musa engalanada
Que pensas do meu ego incontinente

Poderia ficar eternamente
Dando exemplo do copianço
Lamento sinceramente
Que num país de poetas
Outros tantos sem vergonha
Lambuzem de merda luzente
Os olhos da gente que sonha

Aplaudindo de olhar manso.