segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013…. Para todos os que passam por este Blogue, tornando assim os meus dias mais ricos em calor humano.

Hoje não escrevo poemas
Nem tao pouco sentimentos
Penso escrever apenas
A paz em alguns momentos

Este ano de 2012 foi enganador
Deixa no regaço a saudade
De um povo sofredor
Alguma intranquilidade
E no meio muita dor

Deixa contudo a esperança
Num mundo muito melhor
Deixa em mim confiança
Que darei um passo maior

Assim a minha crença
Chegue ao teu coração
Esta missiva convença
A dar-mos então a mão

Um feliz 2013 é a minha vontade
Que te traga muita saúde
E um pouco de vaidade
Em ser tal como és
Nunca te deixes moldar
Se Deus te fez tal e qual
À imagem que tens de ti
É porque não estás assim tão mal
E mereces ser feliz.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Na terra do trinta e um


Na terra do trinta e um
Mais uma grande tramóia
Despacham o canal um                 
Com gala numa tipóia

Lá dentro vão os câmaras
Os locutores e afins
E de forma estranha
Adereços e cetins

Mas o arraial
Ainda não terminou
Mata-se o canal dois
Logo o senhor ditou
De um modo geral
Venda como nos bois
Nos querem impingir
Que burros que vós sois.

Concessão estranha
Nos veio anunciar
O senhor engravatado
Mas que grande patranha

Para mal dos meus pecados
O Primeiro em silêncio
Ministros todos calados
Dá-me cá um arrepio

Se por acaso pensam
Que o Zezinho é cego
É bom que se convençam
Nem cego nem labrego

A nossa televisão
Faz parte do imaginário
Metam a concessão
Fechada num armário

Tratem de pelo menos
Mostrar que nos governam
Só assim haveremos
De saltar do inferno

Da Troica que por cá está
A ofertar trocados
Em troca da debanda
De tudo ao deus dará

Onde já se viu
A televisão matar
Assim tudo ruiu
Não nos iremos calar

Ó senhor Passos Coelho
Veja lá se desperta
Porque a bola no joelho
É quase sempre incerta.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O pingo que mais dá...


Ontem foi dia Um
Um dia p`RA relembrar
Eram mais de mil e um
No pingo a amealhar

Um ver se te avias foi
Nem os grelos escaparam
Até os rabo de boi
No pingo se esgotaram

Para não falar das cenouras
Das couves e nos rabanetes
As azeitonas mouras
Foram-se nos ginetes

A massa, arroz e feijão
O Omo e a água rás
Tudo ao trambolhão
Dentro imenso do cabaz

As latitas de atum
As sal(chi)chas alemãs
Foi um trinta e um
Esgotaram-se as romãs

As bananas não escaparam
Onda no pingo houve
As trutas até saltaram
Esbarraram numa couve

Os pobres dos pimentões
Com as alfaces por cima
Pelo meio os melões
E um frasco de benzina

Uns bifinhos da alcatra
E umas perninhas de frango
No fim houve zaragata
Esgotou-se o morango

Leite magro e o gordo
A margarina e a planta
A mioleira de porco
E uma pizza p`rá janta

O pior foi p`ra pagar
Porque a menina da caixa
Tantas horas sem parar
Às tantas gritou`` meto baixa´´

O gerente em alvoroço
Levou as mãos á cabeça
Parecia um piolhoso
Disse `` rapariga isso é moleza´´

Horas e horas a fio
Em casa está por fim
O portuga de bolso vazio
Dando graças ao festim

Assim vamos por cá
Na terra do trinta e um
O pingo o que mais dá
No resto do mês, jejum.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O Bananal do Reino

Uma banana delirante
Se achegou descontraída
Um coqueiro ofegante
Desancou a atrevida

O pior está p`ra vir
Se achegou arreliada
Uma couve a sorrir
Está a salada bichada

Uma alfacinha piquena
A medo falou então
Vergonha mas que barrela
Tanta falta de sabão

A pobre da banana
Soluçou e nada disse
O hortelão bacana
Em socorro assim disse

Falam tanto sem dizer nada
A banana é que está certa
Não passam de codornizes
Ressentidos infelizes
Andando de bicicleta

Isto é que vai uma açorda
No reino da fantasia
O bananal transborda
De bafio e muita azia.

Assim o meteorologista
Tem trabalho redobrado
Bananas e couves a eito
Na horta ali do lado
Digam lá se dará jeito
Vender a banana em saldo
Porque a casca escorrega
Escorrega pela goela
Ai jesus estou tramada
Ainda levo a amarela

Ainda levo a amarela
E a folha da bananeira
Ou então uma adubadela
Por tocar na asneira..





terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Os Fakes no reino da fantasia

Ainda a procissão vai no adro
Já é longa a grinalda
No reino canta-se o fado
Cala-te se não se cala
Se não se cala calo eu
Calas tu eu calarei
Ainda a procissão vai no adro
E o reino amofina em lei
Em lei que não é grei
Arre chiça que é demais
Do que foi que me lembrei
Plantar couves nunca mais
Agora que me pula o pé
Estou de asas cortadas
Se eu entrar no banzé
Terei as favas contadas

Ainda a procissão vai no adro
Falta rezar a missa
O prior está resguardado
Ou então está com preguiça

As couves e os rabanetes
Com a geada se vão safando
As alfaces em ginetes
Aos poucos já vão murchando

Por este andar estouvado
O reino ficará ás moscas
Sobrarão para cantar o fado
Os fakes em quadras soltas.


domingo, 8 de janeiro de 2012

Regulamento bebé…vai dar banzé…

O poeta  tem talento
Quanto a isso não há duvida
Escreve com falta de senso
De mim para mim penso
Que finge não estar perdida
Que até a julga tingida
A palavra atrapalhada
Esperneando enfraquecida
Numa trapalhada airosa
A rima não é vistosa
E faz sombra no umbral
Depois é ver o arraial
Que no reino se desfolha

Eu morta de rir, que venha o diabo e escolha
Entre os versos do poeta e a rede com ares de trolha
Ainda agora está no forno um regulamento bebé
Ai jesus alguém gritou,  vão ver o que é dar banzé.

Plagiando o provérbio, «Quanto mais se mexe mais fede « a caca de galinha


Corram em bando diz o poeta
Desconhece que voando se alcança a meta
Plagiadores de provérbios maquilhem-se a preceito
Desconhece também o que é tirar proveito
De um mata-borrão premido a rigor
Não é preciso espalhafato para encontrar sabor

Na liberdade de voar assim como de pensar que se aprende com o povo
Mas desconhece o poeta para ele tudo é novo
Há que ter labaça e lembrar democracia
Contudo que se esqueça a demagogia
Porque o poeta se perde no intricar da palavra
Tanto alarido para ficar lambuzada
Na caca inquinada e eu pergunto o porquê
Será este o jeito de cativar freguês
Para versos corridos que têm algum sabor
Pena poeta, que vejas a vida sem cor.

Só mais uma coisa que preciso entender
Na lusalite a imunidade é para oferecer
A quem mais se passeie sem senso comum
Será a imunidade a pipoca só de um.