sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O Bananal do Reino

Uma banana delirante
Se achegou descontraída
Um coqueiro ofegante
Desancou a atrevida

O pior está p`ra vir
Se achegou arreliada
Uma couve a sorrir
Está a salada bichada

Uma alfacinha piquena
A medo falou então
Vergonha mas que barrela
Tanta falta de sabão

A pobre da banana
Soluçou e nada disse
O hortelão bacana
Em socorro assim disse

Falam tanto sem dizer nada
A banana é que está certa
Não passam de codornizes
Ressentidos infelizes
Andando de bicicleta

Isto é que vai uma açorda
No reino da fantasia
O bananal transborda
De bafio e muita azia.

Assim o meteorologista
Tem trabalho redobrado
Bananas e couves a eito
Na horta ali do lado
Digam lá se dará jeito
Vender a banana em saldo
Porque a casca escorrega
Escorrega pela goela
Ai jesus estou tramada
Ainda levo a amarela

Ainda levo a amarela
E a folha da bananeira
Ou então uma adubadela
Por tocar na asneira..





terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Os Fakes no reino da fantasia

Ainda a procissão vai no adro
Já é longa a grinalda
No reino canta-se o fado
Cala-te se não se cala
Se não se cala calo eu
Calas tu eu calarei
Ainda a procissão vai no adro
E o reino amofina em lei
Em lei que não é grei
Arre chiça que é demais
Do que foi que me lembrei
Plantar couves nunca mais
Agora que me pula o pé
Estou de asas cortadas
Se eu entrar no banzé
Terei as favas contadas

Ainda a procissão vai no adro
Falta rezar a missa
O prior está resguardado
Ou então está com preguiça

As couves e os rabanetes
Com a geada se vão safando
As alfaces em ginetes
Aos poucos já vão murchando

Por este andar estouvado
O reino ficará ás moscas
Sobrarão para cantar o fado
Os fakes em quadras soltas.


domingo, 8 de janeiro de 2012

Regulamento bebé…vai dar banzé…

O poeta  tem talento
Quanto a isso não há duvida
Escreve com falta de senso
De mim para mim penso
Que finge não estar perdida
Que até a julga tingida
A palavra atrapalhada
Esperneando enfraquecida
Numa trapalhada airosa
A rima não é vistosa
E faz sombra no umbral
Depois é ver o arraial
Que no reino se desfolha

Eu morta de rir, que venha o diabo e escolha
Entre os versos do poeta e a rede com ares de trolha
Ainda agora está no forno um regulamento bebé
Ai jesus alguém gritou,  vão ver o que é dar banzé.

Plagiando o provérbio, «Quanto mais se mexe mais fede « a caca de galinha


Corram em bando diz o poeta
Desconhece que voando se alcança a meta
Plagiadores de provérbios maquilhem-se a preceito
Desconhece também o que é tirar proveito
De um mata-borrão premido a rigor
Não é preciso espalhafato para encontrar sabor

Na liberdade de voar assim como de pensar que se aprende com o povo
Mas desconhece o poeta para ele tudo é novo
Há que ter labaça e lembrar democracia
Contudo que se esqueça a demagogia
Porque o poeta se perde no intricar da palavra
Tanto alarido para ficar lambuzada
Na caca inquinada e eu pergunto o porquê
Será este o jeito de cativar freguês
Para versos corridos que têm algum sabor
Pena poeta, que vejas a vida sem cor.

Só mais uma coisa que preciso entender
Na lusalite a imunidade é para oferecer
A quem mais se passeie sem senso comum
Será a imunidade a pipoca só de um.