terça-feira, 28 de agosto de 2012

Na terra do trinta e um


Na terra do trinta e um
Mais uma grande tramóia
Despacham o canal um                 
Com gala numa tipóia

Lá dentro vão os câmaras
Os locutores e afins
E de forma estranha
Adereços e cetins

Mas o arraial
Ainda não terminou
Mata-se o canal dois
Logo o senhor ditou
De um modo geral
Venda como nos bois
Nos querem impingir
Que burros que vós sois.

Concessão estranha
Nos veio anunciar
O senhor engravatado
Mas que grande patranha

Para mal dos meus pecados
O Primeiro em silêncio
Ministros todos calados
Dá-me cá um arrepio

Se por acaso pensam
Que o Zezinho é cego
É bom que se convençam
Nem cego nem labrego

A nossa televisão
Faz parte do imaginário
Metam a concessão
Fechada num armário

Tratem de pelo menos
Mostrar que nos governam
Só assim haveremos
De saltar do inferno

Da Troica que por cá está
A ofertar trocados
Em troca da debanda
De tudo ao deus dará

Onde já se viu
A televisão matar
Assim tudo ruiu
Não nos iremos calar

Ó senhor Passos Coelho
Veja lá se desperta
Porque a bola no joelho
É quase sempre incerta.