sábado, 29 de outubro de 2011

Altares

Içar altares de pedra evasiva
No cimo colocar pedra categórica
Pedir aos deuses a bênção e a dádiva
De o altar não desmoronar, caótica

É a prece sem eco e pelos vistos
Tudo cai da noite para o dia
Uma onda em maré vazia
Chega sempre sem avisar
Eu estou para aqui a pensar
Altares são acomodações da mente
Nada leva a palma e tudo era diferente
Se os  pés estivessem assentes no chão

Que se ergam altares e tronos
Os homens precisam de distracção
Que se ergam sonhos ao alto
Tendo sempre em conta o percalço
De que altares se estatelam no asfalto
Travando na boca o amargo
Da cegueira sem retenção.

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