quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Barrigas vazias

Merda o país está em cacos
Gritam as barrigas vazias
Merda para políticos e sacos
De promessas como enguias

Despertas aos bochechos do pesadelo
Que os mortos anunciaram em pleno dia
Saíram da tumba predisseram a razia
Mas ignoraste e agora são novelos

Ensanguentados pelas mãos do faz de conta
Será que não viste, ou viraste o olhar
Qual a razão para este deixa andar
Agora bradas aos céus mas a factura
Sai-te das vísceras tão grande é a cagada
Tantos os rombos de uma assentada
Tantos doutores metendo a mão ao saco
Tantos os pobres com a vida num farrapo

Ai Portugal, a tanga vais ter que empenhar
Lá se vai o sossego à beira mar
Gritam os mortos, afinal estiveram surdos
Gritam os vivos abaixo os gatunos

Ai Portugal vai ser grande o teu penar
Talvez ainda haja solução
Venham os homens da troika comandar
Joguem-se os políticos à tumba sem perdão.

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