terça-feira, 25 de novembro de 2014

Ao ajeitar a gravata… Décimas

(Mote)
Um lamento soou na terra
Num dia de tormenta,
´´Não são todos iguais`´ ele berra,
Ao ajeitar a gravata.

(I)
Antes disso era ver
O sururu na justiça
Vistos Gold são cobiça
Desconjurada no ser.
As mãos na massa meter
É coisa que não admira
Gente fina está na mira
Daquilo que não lhe pertence.
Pensando que assim convence
Um lamento soou na terra…

(II)
Ao sentir que nem tudo vira
O povo fica dormente…
Como pode lá defende
O Sócrates e delira.
Será verdade ou mentira
Atira em contramão.
Mais merda no safanão
Da justiça ao informar,
Que o engenheiro ia caçar
Num dia de tormenta…

(III)
O circo está montado
Quem está contra ou a favor…
No país frio clamor
E o Coelho apalermado
Saiu da cova atolado
No que se estava a passar.
Depois de muito pensar
Afinou o vozeirão
E no meio da multidão
´´Não são todos iguais`´ ele berra…

(IV)
Nisso lhe dou razão
Todos iguais, não senhor.
Mas oh senhor doutor
Vai no adro a procissão,
Os desiguais já morreram
Ou então estão afastados,
Sentem-se agoniados
Com este país em trapos.
Deixe lá os artefactos
Ao ajeitar a gravata…






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