Não te
atrevas a fazer como o sargaço
Que cresce
enleado em trigo loiro
Nem sempre
se ocupa o nosso espaço
Lá diz a
gente olha o agoiro.
Num sonho
que é nosso nasce a maré
Mas nem
sempre a vontade é pertinente
Nem tudo o
que brilha oiro é
E a lida é
quase sempre intransigente.
Lembranças
de uma ideia já sem vida
Recorda ao
andar em campo aberto
Por vezes
trocar o certo pelo incerto
É saída que
acelera a partida.
Assim como a
escrita debandou
Pelas linhas
que levaram ao suporte
Dos versos
que o instante delatou
Recordando
que o rimar pode ser sorte
Num vago
devaneio de loucura
O mote se
perdeu a olhos vistos
Que importa
se dissipou a formosura
Conselhos
nada são que abanicos
Que se dão
de mão beijada sem reparo
Somos para
os outros um amparo
Para nós um fosso
abismal
O melhor é
ir embora por agora
Com sargaços
enleei em franca fresta
Está sabido
que aos olhos não aflora
Nos trigais
a flor branca da giesta.
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